quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

a arte de amar

Creio eu que o amor é a arte de almejar o inatingível e incompreensível ser de outrem.

Pois o ser que se pode atingir, alcançar, é concreto. Tem textura, forma e cor. E algo tão bem definido acaba com a imaginação de qualquer coração apaixonado.

Um ser compreensível se torna previsível, pra não dizer invisível. Os sentidos aprendem a tratar com indiferença o que lhes é por demais familiar.

O que é belo no amor é a naturalidade, o prazer, a idealização, a intangibilidade... Ah! A paixão.

Eis que a paixão se torna o grande vilão. Sim.

Paixão, esta prima tão próxima que impede o Amor de florecer em sua plenitude.
Que mata, ou cria raízes. Que destrói ou edifica. Que vai, ou fica.

E quem é que decide? De certo, eu é que não.

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